quinta-feira, 11 de março de 2010

BBB no Divã: Por que as mulheres odeiam Fernanda


Os fóruns de discussão sobre o “BBB” na Internet são inundados de frases como “Não acredito em mulheres como a Fernanda”, “Aquele jeitinho de boa moça não me desce a garganta”. A maioria vinda de... Mulheres!

Os estudos provam que as mulheres são mais severas com outras mulheres do que são com os homens. Mas existem alguns sentimentos envolvidos: inveja, insegurança, competitividade e rivalidade. Fernanda ocupa um posto disputadíssimo: dentista profissionalmente estável, 28 anos, bonita, solteira, reservada, pronta para receber uma proposta indecente de uma revista masculina e permanecer 15 minutos na mídia como uma das mulheres mais desejadas do país.

A moça parece ser a aposta do diretor Boninho, do apresentador Bial e até do cartunista Maurício Ricardo. Para ajudá-la a quebrar a pecha de “perfeitinha”, a produção lhe entregou uma carta avisando que estava solteira e deveria aproveitar, e também foi mostrada nas edições soltando pum e se divertindo com uma leve vulgaridade em festas. Fernanda só não contava com o azar de existirem tantas — e tão influentes — mulheres na produção do “BBB”. Uma sugestão? Ligue para Priscila, que fez o papel contrário ao seu no “BBB 9”, mas pagou o mesmo preço, e compartilhe a experiência.

O PPP — Programa Perfeitamente Previsível

Num ano em que vemos o filme “Guerra ao terror”, de Kathryn Bigelow, quebrar a previsibilidade do Oscar e levar seis prêmios, temos o “BBB” pré-fabricado. Está tudo ali: o machoalfa brigão e isolado, as eliminações óbvias, as piadas, os corpos desnudos à gratuidade, polaridades extremistas, o Big Fone de paredão, o franco favoritismo.

O “BBB 10” é o triunfo da previsibilidade. Veja o tal poder supremo, criado com o intuito de mudança e concedido ao participante Dourado: terminou retroalimentando o processo. Entrou informação demais naquela casa. Até Eliéser, o quase chimpanzé, era capaz de entender as colocações cada vez mais claras e catatímicas de Bial.

Não adianta querer inventar a quinta sexualidade humana em Serginho ou imitar a si mesmo numa nova versão de novela mexicana “Algemas da paixão” (nome criativo, hein?). Sobra publicidade e falta comoção, revolta e novidade ao chato “BBB”.

'BBB' no Twitter

@TatiBertolini: No Faustão Tessália foi simpática, Alex foi humano, Morango foi sutil. Agora só falta Eliéser ser inteligente.

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