terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A infecção no 'BBB'


Iniciou-se um movimento sem precedentes na história do Big Brother: a infecção. A redoma do confinamento, que era um ambiente supostamente estéril, não-contaminado por fatos ou eventos externos, recebeu um agente infectado, Maurício. Influenciado por opiniões e pela paixão de admiradores e invejosos, ele precipitou uma cascata de eventos que trouxe um contorno novo, obscuro e interessante ao BBB11. A volta do participante coincidiu com a fim da guerra fria em Curicica e os conflitos bélicos agora são diretos e reais.

Embora a falta de entusiasmo com o programa tenha sido até agora o assunto preferencial da crítica especializada, seus produtores já podem respirar aliviado: existe uma narrativa densa, potencialmente capaz de superar todas as edições anteriores, mas que para vingar ainda dependerá da opinião das massas - as maiores sabotadoras da história dos reality shows.

Com a alta popularidade do modelo Rodrigão, o Big Brother vive o "efeito Daniel Bueno", o belo participante de "A Fazenda 3" que ganhou o prêmio sem envolvimento com os conflitos do confinamento em 2010. Por projeção, as massas parecem preferir jogadores de boa aparência com atitude de esquiva: desejam-nos fisicamente (ser como eles, ou então possuí-los), e não querem se comprometer. Possivelmente porque sustentar opinião custa caro e raciocinar dá dor de cabeça. A produção do BBB ajuda Rodrigão neste aspecto, por exemplo, com roupas inspiradas no visual da "família Restart" para as festas - os adolescentes são bons para render votos pela internet. Aguardemos uma capa da revista Capricho vindo aí.

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