quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mulheres Antropofágicas



No primeiro "BBB" da Era Dilma, elas redefinem o conceito de sexo frágil e driblam a popularidade do narcisista Rodrigão, do soberbo Mauricio e do misógino Diogo. Lembrando personagens conhecidas, mostram que vieram para protagonizar o espetáculo.

Talula: Uma Lady Mcbeth manipuladora e poderosa cujo raciocínio cria as ações principais do jogo. Controla votos de mulheres e homens e tem sido preservada nas edições, mas tudo indica que é a vilã deste ano.

Jaqueline: Como a secretária de Estado americana Condoleezza Rice, sua política externa é baseada na diplomacia. Tem boa habilidade de convivência e quer se garantir na final, com homens ou mulheres.

Diana: Versão loura de Xena, princesa valente que representa a força da mulher. "Enfrentativa", cheia de princípios, não agrada ao povão porque, além de tudo, luta por ideais feministas.

Paula: O maior enigma desta edição. Vendeu imagem de ousada para ser selecionada, mas evita atitudes de enfrentamento e se faz de pura. Quase uma Maria Cecília, de "Bonitinha, mas ordinária".

Maria: Como uma viúva negra que se alimenta do macho após a cópula, equivale a Catherine Tramell, a atraente e obsessiva personagem de Sharon Stone em "Instinto selvagem", com alguns neurônios a menos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rodrigão Rima Com Campeão?

>>> BBB no Divã:

Imbatível em paredões e vencendo sempre com margem considerável de votos, o paranaense Rodrigão é uma samambaia geneticamente modificada que pode se tornar o sucessor masculino (em beleza e popularidade) de Grazi Massafera, sua conterrânea do Paraná. Mas que segredo esconde este jogador misterioso? Esta coluna decifra-o para o telespectador desatento.


O lado 'ão' de Rodrigo

Sedutor: Ambiguidade sexual e beleza física seduzem mulheres e homens.

Ar interiorano: O Brasil da moda é caipira como ele, ou melhor, sertanejo universitário.

Independência, ambição e autoconfiança: Joga melhor sozinho porque acredita ser perfeito.

Explorador: Só se vincula intensamente a concorrentes já aprovados pelo público em paredões (Adriana tem chances agora).

Ambiente favorável ao narcisista: Câmeras e espelhos para se exibir e alimentar o ego.

Tranquilidade: Aparente calma e humildade mascaram seu sentimento de grandiosidade.

O lado 'inho' de Rodrigo

Aparência de vegetal: Dificuldade em enfrentar desafios, assumir responsabilidades.

Apatia: Falta comoção e habilidade para protagonizar um jogo emocionante.

Vaidade excessiva: Incomoda o telespectador.

Imobilidade: Não quer correr riscos.

Frieza: Poucas manifestações emocionais e desdém pela sensibilidade alheia (em especial em relação a Adriana).

Autoestima frágil: Necessidade de admiração excessiva.

Individualidade: Relaciona-se superficial e moderadamente com os outros para não dividir os holofotes.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Espelhinho Riscado de Rodrigão


Pela Classificação Internacional de Doenças, o Transtorno de Personalidade Narcisista é caracterizado por tendência à grandiosidade, necessidade de admiração e dificuldade em responder afetivamente à demanda do outro, mas apenas a si próprio.

Para diagnosticarmos alguém com tal transtorno é necessário um prejuízo evidente para o sujeito, além de critérios técnicos que devem ser preenchidos. Do contrário, mesmo diante de evidências aparentes, não constitui por si só uma patologia, e dizemos apenas que o indivíduo tem "traços narcisistas".

Já na metade do percurso, o "BBB11" tem em Rodrigão, o paranaense bonitão de boa popularidade, um dos seus favoritos, e o público vem tentando decifrar qual o seu mistério. Logo no início ele chamou a atenção dos concorrentes por "não olhar para ninguém" (no sentido de desejar), e muitos acreditam piamente que ele é gay. Outra parte da audiência o viu como excessivamente vaidoso e individualista, um objeto de decoração pouco interativo, insensível aos dramas pessoais dos concorrentes que florescem no confinamento.

De fato, o narcisista tem pouca capacidade para perceber os outros e por isto leva uma vida emocional superficial. No BBB11, por exemplo, Rodrigão se mostra predominantemente solitário, e amarra outra característica narcísica (a "exploração"), vinculando-se apenas a quem acredita ser tão especial e grandioso como ele, para tirar vantagem deles a fim de atingir seus próprios objetivos. No caso, os participantes Maurício e Diogo, que já foram "aprovados" por voto popular e contam com a expansividade excessiva que falta a Rodrigão em quantidades mínimas.

No mesmo contexto, um envolvimento com a miss Adriana parece ser finalmente interessante, já que ela também sobreviveu a um paredão, e talvez não o prejudique mais no gosto do povão. O longo beijo de língua que ele deu (por iniciativa própria!) na moça após a última eliminação, sem o auxílio rotineiro do incentivo alcoólico das festas, revela a intenção.

Até então, Rodrigão claramente evitava Adriana quando sentia necessidade de fazer sozinho suas poses bonitas para as câmeras. Em festas, querendo mostrar que consegue seduzi-la, cortejava-a até beijá-la, e no outro dia voltava a si dizendo que não estava no BBB11 para namorar. De fato, a "relação" entre os dois só se concretizou por ousadia dela, cuja personalidade é mais forte que a dele, e também tem traços narcisistas. Podemos aguardar uma disputa violenta por holofotes, a menos que aprendam a dividir simbioticamente o palco - e os espelhos.

Percebe-se que, como Narciso, Rodrigão é prisioneiro da própria imagem: não deixa que o toquem para não modificar a aparência. O mito simboliza a vaidade e o drama da individualidade daquele que é insensível ao outro, anula-o por bastar-se a si próprio. Narciso era um jovem de beleza jamais vista, mas insensível ao amor, que desdenhou de uma jovem tão bela quanto ele, até que ela definhasse. Os deuses os castigaram, condenando-o a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo numa fonte onde, encantado pela própria beleza, também definhou. Na versão mais antiga, Narciso era homossexual e se apaixonou pelo rapaz que via na água.

A popularidade aparentemente inexplicável do inerte Rodrigão (que equivalente a do participante que venceu "A Fazenda 3", o modelo Daniel Bueno) resulta na verdade da cultura vigente cujas características são crescentemente narcisistas, segundo o estudioso Lewknowicz. "O que se vê é o predomínio do uso da imagem ao invés da reflexão para lidar com a ansiedade, além de um incentivo ao consumismo e ao culto à aparência física."

O risco é inerente à vida. Ao sairmos de casa para as compras, corremos o risco de sermos atropelados, mas se ficarmos, morreremos de fome. Como Narciso, que morre paralisado olhando sua imagem (porque se tocar na água ela se deforma), a menos que a edição o ajude, Rodrigão poderá levar o prêmio às custas de um personagem ornamental, pateticamente vazio, e irrelevante para a história do "BBB".

Clique aqui e descubra mais sobre Rodrigão em 32 segundos

PS: Leia mais sobre Rodrigão na coluna "BBB no Divã" de amanhã, quinta, no impresso do Jornal Extra.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hora de Ligar os Pontos


Voilá! Já temos os personagens de nossa novela da vida real. Como de costume, esta coluna propõe ao leitor o desafio de identificar quem é quem no "BBB 11".

Brothers: A) Adriana B) Daniel C) Diana D) Diogo E) Janaina F) Jaqueline G) Lucival H) Maria I) Maurício J) Natalia K) Paula L) Rodrigão M) Talula N) Wesley

Características:

1) A despudorada: troca de roupa e de homens sem o menor constrangimento.

2) O cômico: brejeiro e irreverente, proporciona os momentos mais engraçados.

3) A manipuladora: manipula votos e estabelece complôs, com a maior cara de amiga.

4) O chato: inconveniente e intenso, quer aparecer sozinho e para isto sufoca os demais.

5) A descolada: esperta, despojada e ousada, flutua por todos os ambientes.

6) O político: acredita ser popular e faz média com o público pedindo para reciclarem o lixo.

7) A donzela: faz o tipo inocente atrás do príncipe encantado para agradar o povão.

8) O enfeite: a mais bela samambaia da história do "BBB".

9) A organizada: investigativa e criteriosa, faz pose de durona, mas é frágil.

10) O observador: atento ao movimento dos adversários, aguarda o momento para o ataque.

11) A traumatizada: complexada e com baixa autoestima, esbanja falsa e excessiva simpatia.

12) O ácido: faz comentários maldosos bem estruturados para destruir os oponentes.

13) A escudeira: guerreira que ofereceu lealdade em troca de proteção.

14) A solícita: capaz de dormir com o inimigo para não desagradar ninguém.

Resposta: 1-H; 2-B; 3-M; 4-D; 5-C; 6-I; 7-A; 8-L; 9-J; 10-N; 11-E; 12-G; 13-F e 14-K

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A infecção no 'BBB'


Iniciou-se um movimento sem precedentes na história do Big Brother: a infecção. A redoma do confinamento, que era um ambiente supostamente estéril, não-contaminado por fatos ou eventos externos, recebeu um agente infectado, Maurício. Influenciado por opiniões e pela paixão de admiradores e invejosos, ele precipitou uma cascata de eventos que trouxe um contorno novo, obscuro e interessante ao BBB11. A volta do participante coincidiu com a fim da guerra fria em Curicica e os conflitos bélicos agora são diretos e reais.

Embora a falta de entusiasmo com o programa tenha sido até agora o assunto preferencial da crítica especializada, seus produtores já podem respirar aliviado: existe uma narrativa densa, potencialmente capaz de superar todas as edições anteriores, mas que para vingar ainda dependerá da opinião das massas - as maiores sabotadoras da história dos reality shows.

Com a alta popularidade do modelo Rodrigão, o Big Brother vive o "efeito Daniel Bueno", o belo participante de "A Fazenda 3" que ganhou o prêmio sem envolvimento com os conflitos do confinamento em 2010. Por projeção, as massas parecem preferir jogadores de boa aparência com atitude de esquiva: desejam-nos fisicamente (ser como eles, ou então possuí-los), e não querem se comprometer. Possivelmente porque sustentar opinião custa caro e raciocinar dá dor de cabeça. A produção do BBB ajuda Rodrigão neste aspecto, por exemplo, com roupas inspiradas no visual da "família Restart" para as festas - os adolescentes são bons para render votos pela internet. Aguardemos uma capa da revista Capricho vindo aí.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dr. Marcelo na twitcam do Jornal Extra


O psiquiatra Marcelo Arantes, ex-‘BBB 8’, dá entrevista no Twitter: ‘Não voltaria ao programa. Prefiro ver e comentar aqui fora’


Marcelo Arantes, o psiquiatra do "Big Brother Brasil 8" e colunista do SESSÃO EXTRA (ele assina a coluna "BBB no Divã", publicada todas as quintas-feiras na página 3 do caderno e postada no site Extraonline) participou hoje do Sessão Twitta, que rolou ao vivo na Twitcam do Sessão Extra. Na entrevista, comandada pela repórter Aline Conde, ele falou sobre a edição do programa da qual participou e garantiu que não voltaria ao confinamento do programa de jeito nenhum:

"Não voltaria ao programa. É uma coisa pra uma vez na vida só. Prefiro ver e comentar aqui fora".

O relacionamento com Giselle Soares, que lhe fez companhia no "Big Brother Brasil 8", foi assunto também. "Perdi contato completamente. Nunca mais ouvi a voz dela, faz dois anos já desde a última vez que nos falamos", contou Marcelo, que listou André Gabeth, Priscila Pires, Sabrina Sato, Marcela Mama e Dourado como os personagens mais marcantes que já passaram pela casa do "Big Brother Brasil".

Ainda no Sessão Twitta, Dr. Marcelo falou sobre a Casa de Vidro, que está instalada no Shopping Via Parque, na Barra, Zona Oeste do Rio, e apostou em quem pode voltar ao programa:

"A princípio, Ariadna. Mas com essa história de Maria e Wesley, acho que Mau Mau pode voltar. As pessoas querem ver o circo pegar fogo. E se o Mau Mau voltar ele tem muitas chances de ganhar".

Psiquiatra da rede pública do Rio, Marcelo contou sobre seu dia a dia: "Atendo de 30 a 50 pessoas por dia, em média. As pessoas entram no consultório e ficam surpresas, mas na maioria das vezes demoram a sacar (que ele é um ex-BBB). Muita gente acha que já fui professor. 'Ah, você foi meu professor?', muitos me perguntam. E já aconteceu muitas vezes também de eu estar falando e a pessoa interromper: 'Posso te fazer uma pergunta? Você é o cara do 'BBB' ?".

Como não poderia deixar de acontecer, Marcelo analisou alguns dos participantes do "Big Brother Brasil 11". Confira abaixo!

Lucival e Daniel - "O Lucival é um excelente jogador, nada que ele fala é por acaso. Já o Daniel é um palhaço".

Diana - "Ela se esforça. É um pouco infantilóide. Não que isso seja ruim. Se olhar isolado, é legal. É inédito, nunca aconteceu antes no 'Big Brother' alguém com essa característica. Ela tem uma forma muito dela. Carisma ela tem, só não consegue demonstrar isso. Tenho carinho pela Diana, ela deve render alguma coisa, sim".

Talula - "Ela tem uma coisa de máfia, é uma excelente jogadora".

Jaqueline - "Tem potencial. Ela promete uma coisa na mesma linha que a Sol (do 'BBB 4') fez quando brigou com a Mama. Hoje ela é fraca, mas ela era bem mais fraca antes. Eu gosto dela".

Janaina - "Ai, gente... Eu sempre implico com uma pessoa a cada 'BBB'. E esse ano é ela. A Janaina tem um problema muito grande de autoestima. Ela tem problema com cor, ela não se aceita. Ela tenta mostrar que é da negritude, mas ela é racista. Aquela bonequinha que ela carrega é ela. Ela frágil, que está ali para ser cuidada, para todo mundo olhar e falar 'ah, que coisa linda, bilu, bilu'. E nada além disso".

Ariadna - "Acharia o máximo que uma trans ficasse com alguém lá dentro. Mas acho que isso não vai acontecer. Só se for o maluco do Diogo, ele é o cara mais ousado".

Rodrigão - "Ele é um homem muito vaidoso, ele é muito narcisista, nunca olhou para mulher nenhuma na casa... Isso levanta suspeitas. Mas não dá só com esses elementos levantar essa suspeita de que ele pode ser gay. E se ele for, isso não é da conta de ninguém. Deixem o Rodrigão ser estranho! Ele tem esse direito!"

Michelly - "É uma personagem intrigante. Até q ponto as histórias que ela conta são reais? Aquela história do abuso ela guardou da própria família a vida toda e contou lá na casa só agora. E, antes de ela entrar no programa, ela falou que ia se fazer de vítima lá dentro. Ela, de todos, é a personagem mais intrigante. Mas de qualquer forma não poderia tratá-la, por questõe éticas".

Paula - "Está muito mascarada".

Para finalizar, Marcelo opinou sobre os possíveis vencedores desta edição do programa: "Uma forte candidata é Maria, que está se saindo muito bem. Wesley, que está com ela, também. E Mau Mau se voltar. Eu apostaria nesse pacote aí".

(por Ana Carolina de Souza)

Lavou, tá novo!


O "BBB" precisa, como regra, de um casal que faça o público se envolver intensamente. Dhomini e Sabrina, Alemão e Siri, Max e Fran: todos eles ganharam fã-clubes que levaram ao menos um deles à final (no caso, o homem).

Alguns jogadores deste ano aprenderam a lição, mas na ânsia de fisgar a isca mais suculenta, sem um ritual de acasalamento que convencesse o público, formaram três casais que foram rapidamente desfeitos já nas três primeiras semanas.

A entrada dos novos participantes, Wesley e Adriana, pode cumprir esta missão. A menos que quebrem seu sigilo contratual e revelem ao público, não se saberá que informação eles têm sobre o perfil dos concorrentes. Mas no circo humano isto pouco importa, o que o povo quer é diversão.

Wesley e Maria
O médico e a "viúva" têm a seu favor afinidades comuns e a bênção de Bial. Mas Talula e Jaqueline vão lutar para que a aliada forte não se transforme em um casal simpático, que elas próprias não foram capazes de criar.

Talula e Diogo
Com a concretizacao do casal Wesley e Maria, Talula pode se sentir à vontade para dar vazão ao desejo que demonstrava pelo baiano quando ainda estava com o "finado" Rodrigo.

Diana e Natália
Embora Diana seja ousada, Natália preserva-se demais e dificilmente assumiria com ela a primeira relação lésbica da história do BBB, mas não é impossível.

Rodrigão e Espelho
Prova de que aparência ajuda e conteúdo não, Rodrigão experimenta popularidade às custas de baixa rejeição, mas em nada contribui para o jogo. Corre o risco de morrer afogado feito Narciso, seduzido pela própria imagem.