Ex-BBB Marcelo Arantes lança livro em Brasília
Na noite da última quarta-feira, a Livraria Cultura do Shopping CasaPark recebeu o psiquiatra Marcelo Arantes, ex-Big Brother que abalou as estruturas da oitava edição do programa global, para uma noite de autógrafos. Há poucos meses Marcelo, que polemizou ao discutir feio com alguns colegas de confinamento e assumir sua homossexualidade em rede nacional, está percorrendo as principais cidades do Brasil para divulgar seu livro, "A Antietiqueta dos Novos Famosos - Guia para uma celebridade instantânea". Simpático, encontrou diversos amigos na ocasião - inclusive a fonaudióloga brasiliense Maíra Brito, que por muito pouco não entrou na última edição do Big Brother - e repetiu diversas vezes que o livro poderia ser lido até de trás para frente. Em bate-papo com o ParouTudo, Marcelo comentou o que o inspirou a publicar a obra, seus arrependimentos pós-Big Brother, que está acompanhando o reality show "A Fazenda" e como o público homossexual ganhou espaço em seu livro.
Confira:
Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Muitos jornalistas me perguntavam com frequência, na época do Big Brother, sobre como minha vida tinha mudado e sobre a fama instantânea, que é muito intensa. Acho que boa parte das pessoas têm curiosidade em saber o que muda após essa superexposição... Mas o livro é também uma crítica em tom bastante irônico. Quero, por meio dele, mostrar os percalços da fama que muitos desconhecem - essa coisa de ser famoso tem bônus, mas também existe o ônus. Temos que sair bastante, ir em eventos que muitas vezes nem interessam... São diversos os deveres a serem cumpridos.
E como foi a preparação dessa obra?
Passei um ano coletando entrevistas de pessoas que passaram por esse momento da fama instantânea, mas escrevi o livro em apenas quatro dias. Depois, a finalização levou cerca de seis meses. Quis que todas as entrevistas mostrassem um denominador comum, para assim eu poder transmitir informações aos leitores. O livro mostra, na verdade, os passos que devem ser seguidos para a pessoa continuar no caminho da fama.
Quais dicas bacanas do livro você ressalta?
Falo sobre como lidar com a imprensa em suas mais diversas formas (jornal, Internet, televisão e rádio), como contratar um bom assessor de imprensa... Quero que as pessoas que almejam a fama saibam o que vão encontrar por aí. Aliás, se as pessoas após lerem o livro quiserem viver mais esse momento de fama seria ótimo!
Diversas vezes você comentou que o livro pode ser lido de forma aleatória ou até de trás para frente. Foi uma preocupação sua criar esse formato de livro mais leve?
Embora haja uma lógica, já que todos os assuntos fazem parte do universo da fama instantânea, não há mesmo uma linearidade. Realmente me esforcei para o livro ser uma leitura fluida, que relaxa... Ninguém pega um livro para se estressar.
E quanto a público homossexual? Ele ganhou espaço nessa obra?
Ganhou, e muito! Há um capítulo chamado "Homossexualismo na Mídia", onde mostro porque muitas figuras públicas se escondem, porque querem ocultar sua orientação sexual. Quero que as pessoas reflitam mesmo!
Você, ao assumir sua sexualidade em rede nacional, se expôs bastante...
Ainda há muita cobrança por parte de alguns veículos da imprensa, que querem ver mais pronunciamentos sobre esse assunto. Mas não culpo a mídia, pois há sim um interesse do público em saber da minha vida pessoal. Como dei abertura, hoje arco com as consequências disso e tento me expor bem menos. No livro, inclusive, cito diversas situações pitorescas e divertidas sobre a abordagem do público... Não dá nem para escolher uma!
Hoje em dia você olha para trás arrependido de alguma atitude que tomou no Big Brother?
Nossa, me arrependo de várias coisas! Até brinco dizendo que nesse livro fiz a minha espécie de "mea culpa"... Agora, como espectador, vejo que fui forte demais algumas vezes e compreendo que tive minhas falhas. Mas isso tudo já teve seu tempo, já foi... Aprendi com meus erros. Gosto de dizer que dessa experiência tirei verdadeiras lições de vida.
Você comentou que está acompanhando "A Fazenda", reality show da Record. O que está achando do programa?
Ah, é muito mais fácil ser espectador, né? Só acho que os participantes desse tipo de programa continuam errando nas mesmas coisas. Dá para ver que está exagerando na força ali dentro, quem está quieto demais... O caminho, nessa ocasião, é ser meio-termo.
Quais são os ex-Big Brothers que você mais mantêm contato atualmente?
Com o Marcão, o vencedor Rafinha, a Juliana Góes, o Alexandre Scaquette, o Rafael Galego, a Thalita Lippi e a Jacqueline Khury.
E a sua briga inesquecível com a Tathiana Bione? Houve desfecho?
Sinceramente espero que um dia possamos sentar e conversar sobre tudo o que aconteceu, superar a situação. Creio que ela é bem magoada até hoje, mas entendo seu ponto de vista.
Hoje mesmo você compareceu a duas audiências no Congresso Nacional sobre tratamentos de dependentes químicos. Como surgiu essa oportunidade?
Fui convidado por um deputado federal que soube do meu interesse na área, já que sou psiquiatra. Há um projeto que visa a angariação de fundos para tratamentos contra a dependência química. Quis participar de alguma forma, por isso fiz questão de abraçar a causa de forma bem efetiva. Acho bacana usar minha visibilidade para conseguir algo mais concreto, não para alimentar minha vaidade.
----------------------------------------
E logo mais as 22:00h, entrevista ao vivo com Marcelo no site:
http://www.justin.tv/omedicast
Clica lá!!
Um comentário:
Linda entrevista! Uma das melhores. Lembro-me bem quando a jornalista chegou e começou a tirar fotos e ela ali mesmo, passou a entrevistá-lo, todos os convidados chegando e querendo chegar perto dele, e tiveram que esperar pela conclusão da entrevista, rsrs.
Maravilha, a qualidade, então, muito boa!
Parabéns mais uma vez Marcelo!
Postar um comentário